sexta-feira, 27 de novembro de 2009

OS MESTRES DAS ARTES DO CARIRI PARAIBANO

DUAS BARAUNAS DETENTORAS DE GRANDE CONHECIMENTO,
MESTRES IMORTAIS DA CULTURA MULDIAL.



ZÉ DE CAZUZA



ZABÉ DA LOCA (com o troféu revelação da musica brasileira)



ZABÉ DA LOCA E RIVELINO NEVES NO SÍTIO TUNGÃO








MESTRES DA CULTURA POPULAR DO CARIRI PARAIBANO

Grupos de Cultura Popular do Cariri Paraibano durante


apresentações no São João de João Pessoa em junho de 2009.

Fotos: Rivelino Neves - Monteiro PB



BANDA DE PIFANOS JABITACÁ



BANDA DE PIFANOS PIO X - SUMÉ PB



MAZURCA SANTACATARINA - MONTEIRO PB

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

1º Encontro Paraibano de Turismo Adaptado



1º Encontro Paraibano de Turismo Adaptado que acontecerá no dia 02 de dezembro de 2009 no Auditório Gimmy da FUNAD.

















Prêmio Culturas Populares 2009


Prêmio Culturas Populares 2009


SID/MinC divulga lista dos habilitados à Edição Mestra Dona Izabel

O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural (SID/MinC), publicou no Diário Oficial da União (Seção 3, páginas 33 a 51) desta quinta-feira, 26 de novembro, o Edital nº 14, com a lista dos habilitados no Concurso Público Prêmio Culturas Populares 2009 - Edição Mestra Dona Izabel. Serão selecionadas as 195 iniciativas mais significativas. Cada premiado receberá o valor de R$ 10 mil, totalizando um investimento de cerca de R$ 2 milhões.

Foram habilitadas 1.845 iniciativas dos 2.776 projetos recebidos, o que representa 66,5% dos inscritos, divididos da seguinte maneira:
1. 051 mestres;
583 integrantes de grupos/comunidades informais; e
211 integrantes de grupos/comunidades formais.

Os candidatos que não foram aprovados na fase de habilitação podem, ainda, entrar com recurso junto à SID/MinC, até 30 de novembro, por meio do e-mail pcp2009@cultura.gov.br ou pelo número de fax:(61) 2024-2369.
Confira a lista dos habilitados e não-habilitados:
http://www.cultura.gov.br/site/2009/07/15/premio-culturas-populares-2009-mestra-dona-izabel/
Mais informações: (61) 2024-2383.


Comissão de Seleção - A Comissão de Seleção do Prêmio Culturas Populares 2009 - Edição Mestra Dona Izabel estará reunida de 1º a 5 de dezembro, em Brasília, para avaliar as iniciativas habilitadas. O encontro promovido pela SID/MinC, tem como objetivo selecionar as 180 iniciativas que serão premiadas.
(Heli Espíndola, Comunicação SID/MinC)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009


Ídolos de barro do pop
22 de novembro de 2009
De como Madonna e Michael Jackson representam a fragilidade cultural de uma geração que se submete à idolatria midiática

Ricardo Anísio
Redator

Não há como negar o relativo talento de astros como Michael Jackson e Madonna. Claro que não. O que se questiona nesses tempos de vacas magérrimas é a qualidade de suas obras musicais, e jamais as suas performances no palco, ou nos vídeoclips produzidos de forma midiática infalível. Não há que se resumir a vida pop a esses dois nomes, mas também não se pode questionar que são eles os maiores símbolos de um tempo no qual a música, como arte, importa menos do que a cenografia.

A música pop nos tem legado algo mais fenomenal que esses dois astros? Certamente que não, segundo a mídia. Provavelmente sim, se imaginarmos que insuperáveis eles não o são. Michael e Madonna são os parâmetros inquestionáveis para se perceber como o Pop é mais atitude e marketing do que realmente música.

Michael Jackson tem um lastro musical mais respeitável, principalmente se levarmos em conta seus discos dedicados a Soul Music, da fase da gravadora Motown, templo da música Soul de mestres como Otis Redding, Sam Cooke e Marvin Gaye entre outros. Nos discos mais recentes de Jackson já se percebia a diluição da música negra a tombar sob as pilastras do apelo comercial. Isso sem se apresentar como uma metamorfose degradante, porque o cantor e bailarino que é, sustentava sua imagem reluzente.

Madonna não teve, não tem e nunca terá a mesma capacidade de soar viável como teve Michael Jackson. Ambos parecem suprir a carência de uma geração que viu a música pop esmorecer perante a imponência do mercado. Os números passaram a ser mais importantes do que a arte, porque se analisarmos a obra recente de MJ sem levarmos em conta seus escândalos e a quantidade de discos vendidos, não é nada que deslumbre quem está habituado a ouvir Bob Dylan, Leonard Cohen e Van Morrison, só para citar alguns ícones das gerações que antecederam o tempo dos cifrões.

Quando Michael Jackson morreu fez-se justiça ao showman que foi e ao cantor de grandes recursos, mas não houve honestidade quando se debateu sobre sua música, sobre seus discos. Ela estava decadente em relação a sua fase áurea na gravadora Motown, embora cantando com mais técnica. Dentro do contexto da estética pela estética não nos debateríamos com dramas de consciência ao constatar que ele havia despencado. Música é arte, não é produto.

Simbolismos não abastecem a arte. Muito menos números. Então detectaremos a deficiência musical de Michael perante músicos como Neil Young e Lou Reed, ou mesmo diante do eternamente jovem Paul McCartney e do ousado Tom Waits. Estes fazem música, e à ela adicionam poesia. Não há poesia nas letras de MJ e muito menos nas de Madonna, maiores símbolos pop de duas décadas para cá. E há muito ritmo e rara melodia. Talvez eles tenham sido a transição entre a música Soul e o Pop, e por isso estejam em patamares numéricos de rara dimensão.

A fragilidade dos tempos musicais impele-nos a uma sagração exagerada. Porque os códigos que levam milhões de pessoas em todo o mundo a se descabelar diante do palco-templo de Madonna não são os mesmos que levaram muita gente a Woodstock para ouvir extremos como a eletricidade de Jimi Hendrix e a suavidade de Joan Baez. Uma guitarra ensandecida e uma voz lírica engajada. Um tempo em que a música como Arte se sobrepunha a música como Produto.

Desconhecer os valores do Michael Jackson como homem-espetáculo e cantor, é ignorância. Mas é ignorância também não vislumbrar sua musicalidade sem grandes maravilhas. Na verdade ele compunha pensando no que poderia ser coreografado, e assim não conseguia surpreendentes frutos musicais.

Em Madonna ainda se percebe mais claramente que a mídia afeita a gestos chocantes e entrevistas inusitadas, se curva ante o imperialismo. O mundo dos números, do glamour, das luzes e dos dançarinos, fez o público perder a capacidade de discernir o que é arte e o que é espetáculo enquanto produto. Assim morreu Michael. Envolto em números. Fazendo piruetas, dando gritinhos sensuais e segurando a genitália. Nada de que se orgulhar ou envaidecer. Apenas a lembrança de um excelente cantor que preferiu ser uma mistura de Fred Astaire com James Brown, e sucumbiu ante a própria inquietação humana.

Se os números nos bastam, então vivas ao Pop! Mas se é arte que queremos, devemos seguir os passos de Iggy Pop e Elvis Costelo para não perdermos de vista os conceitos maiores do que a música possa dar como contribuição estética, sem apelos ao redor. E recorrer aos discos clásssicos de Janis Joplin, Joe Cocker, David Bowie e Brian Ferry. Tudo vale a pena se a arte não se travestir de produto.

Fonte: A União

Espetáculo "Esparrela" em Monteiro


Espetáculo Esparrela em Monteiro

A companhia de teatro Bigorna estará na cidade de Monteiro nos dias 03 e 04 de dezembro para apresentar os espetáculos Volver e fazer, para o público infantil e Esparrela, para os adultos.
O grupo vem aMonte3iro através de uma parceria entre 5ª Gerencia de Educação e Cultura, Cooperativa Vínculos e a ONG FAAC – Fabrica de Artes dos Cariris.
A Esparrela de Fernando Teixeira


O ator e diretor paraibano dá aula de interpretação com o novo espetáculo
por Lau Siqueira*
Um vôo sobre a condição humana. O enfrentamento do homem com a fragilidade das suas certezas. A esperança contida na ansiedade do artista em sua relação direta com o público. O povo feito protagonista no cenário das ruas. A realidade mordendo os calcanhares dos nossos sonhos. Uma porção de frases semelhantes partiriam de uma leitura muito pessoal do monólogo Esparrela, escrito, dirigido e encenado por um artista que selou a própria existência, em todos os sentidos, com os signos do teatro.
Para compor esse texto, Fernando Teixeira foi buscar uma linguagem formulada a partir da relação direta do ser humano consigo mesmo. E é como se tivesse estabelecido um pacto com a universalidade da alma sertaneja. Tudo ambientado num cenário de aridez utópica. Um cenário que se compõe a partir dos mitos diluídos pela lucidez e pela desesperança. Um cenário sutilmente estabelecido a partir do imaginário do público. Tudo isso ocorre numa relação direta do ator com o ato supremo de representar. Na verdade, uma aula de teatro.
Fernando dá uma expressividade aos personagens ocultos deste monólogo, que provoca reações imediatas da platéia. A realidade cênica fica, então, transposta pela extensão plástica do texto. Diálogos e narrativas muito bem elaborados, revelando que a ousadia de um artista não está, exatamente, num hermetismo revestido com falsas miçangas. Não está em erudições postiças. Mas, na capacidade de conturbar-se diante do silêncio e das vozes dissonantes de uma cultura de supressões e desejos.
Tudo encanta em Esparrela. Principalmente a certeza do melhor teatro. Tão perto, tão disponível. Um teatro que realmente interessa. O que parte de uma integralidade absoluta e se esparrama pela eternidade difusa do instante. É quando o artista suprime de si qualquer distância entre a técnica e o instinto. Fernando Teixeira nos mostra que é preciso e necessário reinventar-se o tempo todo. Transgredir-se, eu diria, em uma palavra. E faz da sua arte uma especiaria estética de contenções e erupções colhidas no aprendizado do mundo. Em uma leitura kafkiana da irrealidade pulsante que atravessa os tempos e se estabelece enquanto fluência crítica na poética do cotidiano.
O salto sobre si mesmo, por parte de um artista de trajetória brilhante. O enfrentamento com suas próprias coragens e medos. Parece-me que nesta montagem de Esparrela, Fernando Teixeira construiu a concisão necessária, a condensação da sua própria história nos palcos do mundo. E joga tudo em suor e signo. Virtudes que constituem a magia e a emoção do teatro. Ele escreveu, ele dirige, ele atua. Se impondo absoluto nesta nova montagem de um uma espetáculo que espeta a nossa inquietação diante de um mundo de convulsões estabelecidas.
Uma comemoração dos quarenta anos do Grupo de teatro Bigorna onde quem recebe um grande presente é exatamente o público. Primeiro e muito especialmente pelo privilégio de contar com um teatro de altíssima qualidade estabelecido num mesmo sujeito, numa mesma circunstância. Depois, pela ousada e muito bem elaborada descoberta de um novo e absoluto espaço para o teatro paraibano, num lugar que precisa ser descoberto pela cidade e pela própria classe teatral. Tudo isso é Esparrela. Na verdade, uma arapuca necessária aos nossos sentidos.
* Poeta gaúcho radicado na Paraíba, autor de Texto Sentido
Fonte: A União

sexta-feira, 20 de novembro de 2009